Em continuidade à postagem de 29/12/2008, registrei a confirmação de minhas suspeitas sobre o acirramento da concorrência entre Campo Grande MS e Cuiabá MT.
Foi anunciado que tanto a prefeitura da nossa capital quanto o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, oferecem isenção fiscal para todos os serviços e produtos decorrentes da preparação e execução da Copa do Mundo.
Também houve a divulgação de maiores investimentos financeiros por parte dessas administrações, que se aproximam ou talvez superam o bilhão alardeado por Mato Grosso.
Paralelamente, as manifestações de leitores refletem com especial exatidão a influência nos comportamentos, conforme havíamos previsto, muito embora a amostragem tenha sido pequena.
Evidentemente que, com o encurtamento do prazo para a decisão final, os ânimos estarão gradativamente mais exaltados, gerando manifestações cada vez mais apaixonadas por parte deste ou daquele cidadão.
As otimistas aparições do Governador André Puccinelli e do Prefeito Nelson Trad são impressionantes, mas parecem não contagiar o povo.
No que diz respeito a participação popular, o exemplo que citei no artigo anterior teve confirmação, vez que o Pantanal ficou em 120º lugar e seria alijado da eleição como Maravilha Natural, caso não houvesse mudança na regra de classificação.
Posso prever que o Governador Blairo Maggi, em alguma etapa de seus projetos, oferecerá isenção tributaria, copiando-nos, além de outras criativas benesses.
Qual será a cartada capaz de seduzir os organizadores do evento?
Claro que haverão limites, mas espero que não haja influência política na decisão.
As autoridades de Mato Grosso do Sul, precisam fazer algo mais em função de nossa candidatura, porém, qualquer iniciativa deverá primar pela visibilidade e participação coletiva.
Há que se tomar uma atitude, e não apenas reagir às pirotecnias do concorrente.
Não caberá nenhum blefe, tal qual o Bilhão do Blairo Maggi, que inclui na verdade as verbas do PAC.
Tenham como certo que, se porventura Campo Grande for preterida, haverá a obrigação de explicar ao povo e aos empresários sobre os motivos.
Soube que o Japão priorizou cidades cujos estádios pertencessem a universidades, estendendo o legado pós-copa a várias gerações de estudantes. Atitude inteligente.
Neste aspecto, também há vantagem de Campo Grande MS, que deixará uma herança para todo o povo, especialmente para a Universidade Federal e seus acadêmicos.
Hoje me deparei com o Mauricio Kubrusli, reporter do Fantástico, entrevistando algumas pessoas tanto na Via Morena quanto em outros locais. Fiquei animado com a possibilidade de que sejam mostrados detalhes da disputa pela Copa do Mundo, pois será possível evidenciar as diferenças estruturais e os argumentos de Campo Grande e de Cuiabá.
A meu ver, a população pode se preparar para um comportamento diferenciado, de recepcionista e prestadora de serviços turísticos, pois, sob critérios técnicos e logísticos, nossa capital será uma das sub-sedes da Copa.
Então, mãos à obra!