25 de janeiro de 2009

= COPA 2014 - A DECISÃO DO PANTANAL

Há uma corrente de pensamento que por um lado suscita preocupações, mas por outro, cristaliza um alerta aos dirigentes da CBF, principalmente no que diz respeito aos critérios que adotarão para definir a sub-sede pantaneira, visando o evento Copa do Mundo de 2014.

A CBF- Confederação Brasileira de Futebol, é uma entidade tecnicamente privada, no entanto tem um caráter fortemente público, mesmo porque seus atos e fatos influenciam a vida e o comportamento, as alegrias e as decepções, a razão e a emoção de milhões de brasileiros.

Como um braço da FIFA, o alcance planetário desta característica pública requer um cuidado muito especial e responsável para com bilhões de cidadãos no mundo.

Assim sendo, podemos inferir a aplicação de premissas inerentes à atuação de entidades públicas:

- Seus atos não podem ter como base decisória, qualquer relação de cunho pessoal ou familiar. Não seria justo e respeitoso para com as pessoas que estão, direta ou indiretamente sob seus auspícios, que interesses particulares sejam postos à frente da coerência, da lógica, da ética, da moralidade e do interesse popular.

Existem argumentos sobre isto, conforme postagem abaixo:

http://www.conjur.com.br/2008-nov-04/atividade_cbf_interesse_publico_tj_rio

Evidentemente que este enfoque nos remete ao fato de que o Presidente da Federação de Futebol do Mato Grosso é compadre do Dr. Ricardo Teixeira, Presidente da CBF.

Não haveria necessidade de colocarmos em pauta esta condição de parentesco ou relacionamento familiar, como queiram, exceto pelo fato de que ela esteja sendo utilizada como um grande trunfo de Cuiabá-MT na campanha contra Campo Grande-MS para sub-sede da Copa do Mundo de 2014.

Se as pessoas e instituições que defendem a Cidade Verde nesta concorrência optaram por relegar a nível secundário o cuidado que deveriam ao bradar este vinculo, bem como ao seu uso inconseqüente, é problema de Cuiabá-MT.

Nós, cidadãos de Mato Grosso do Sul, não podemos admitir tal desvio de conduta, até porque se configuraria numa sub-espécie de nepotismo.

Acreditamos na CBF e FIFA, confiamos na capacidade e visão do Sr. Ricardo Teixeira, temos certeza do descarte deste fator na decisão final.


Mas estaremos de olho !!!

17 de janeiro de 2009

COPA 2014 - MANIFESTO PRÓ CAMPO GRANDE MS

A população campo-grandense está sim, preparada para sediar a Copa do Mundo de Futebol em 2014, consciente de seu papel, que será, prioritariamente, o de receber os turistas e torcedores com a responsabilidade, o altruísmo, a hospitalidade e o carinho que se espera de qualquer anfitrião.

Somos um povo mais pragmático do que festeiro, essencialmente prestador de serviços, cortês e educado no trato com visitantes.

Trabalhamos sério, sem alardes, incólumes a qualquer tipo de megalomania, focando prioritariamente nos resultados.

Nossa cidade é linda, limpa, organizada, destituída de favelas e de guetos.

Conquistamos uma parcela superior de residências ligadas à rede coletora e de tratamento de esgotos, e podemos melhorar muito.

Mantemos boa reputação ambiental no exterior e não somos acusados pelo mundo todo, de desmatamentos e queimadas.

Nossa população acadêmica é imensa e com interessante diversidade de origem, contamos com grande número de universidades, o que garante qualidade na participação da juventude.

Nosso sistema de saúde é referência nacional. Demos exemplo de mobilização popular e eficácia no combate à epidemia da dengue, assim como nos processos de prevenção.

Na questão da segurança publica, temos desempenho acima da média, porém passível de aprimoramento.

A infra-estrutura aeroportuária disponível, além de suficiente, será otimizada com a ampliação aprovada para ao Aeroporto Internacional.

Possuímos um estádio universitário que requer reestruturação de média monta, mas já conta com acesso dinâmico e eficaz, espaço para estacionamento, ladeado por uma área verde em reserva ambiental, tem proximidade com um hospital completo, também integrado ao campus.

A implementação e modernização deste conglomerado resultará em benefícios duradouros para várias gerações de estudantes, assim como para a própria Universidade Federal.

Entendemos que priorizar o estádio da universidade, garante um horizonte melhor para o campus. É uma atitude inteligente e futurista.

Também não necessitaremos executar desapropriação de lares para criar ou aumentar ruas e avenidas, não precisamos imputar este impacto negativo ao nosso cidadão, respeitando assim as famílias que aqui vivem, trabalham e são felizes.

Geograficamente, temos divisas com o Paraguai e a Bolívia, mas também estamos muito próximos da Argentina.

Já é conhecido um movimento de apoio à nossa candidatura, por parte do povo e do governo do País vizinho, o Paraguai.

As grandes capitais que sediarão jogos, tais como Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, são bem mais perto de Campo Grande, o que minimizará custos de deslocamentos de equipes, da imprensa e de turistas.

Na verdade o Pantanal é aqui, visto que 2/3 de sua área, bem como os locais mais belos de seu conjunto, estão no Mato Grosso do Sul.

Bonito, como sítio turístico, é reconhecido mundialmente, um exemplo de exploração sustentável da exuberância natural típica do Brasil.

Exigimos a definição das sub-sedes com bases técnicas, mas tememos indicações meramente políticas, estas, distorcidas no seu mérito, serviriam para suscitar desconforto, vergonha, aborrecimento e o inconformismo internacional, patrocinados não só pelo desrespeito à natureza, como também pela fragilidade inerente à improvisação.

Esperamos como beneficio o legado cultural, a satisfação pelo cumprimento do dever-cidadão, a integração dos povos com base na fidelidade de propósitos, na sinceridade da propaganda, na boa-fé e na verdade.

Acatamos a responsabilidade de levar mundo afora, uma imagem verdadeira, pois sabemos que o mundo conhece nossa realidade e nossas atitudes, mormente nas questões ambientais.

Descartamos e desmerecemos qualquer comportamento perverso, sabedores de que a seriedade e a honestidade têm caráter duradouro, enquanto que a mentira, a “maquiagem” e o engodo têm vida curta.

Não há contra-senso em nossas pretensões, atos e propostas, portanto estamos serenos no aguardo da decisão final, infelizmente em concorrência com Cuiabá-MT.

Conhecemos profundamente as virtudes, mas também os pontos fracos de nossa concorrente. O mundo todo conhece, não há dúvidas.

Podemos provar que o projeto de Campo Grande é verdadeiramente viável, sob os aspectos logísticos e sociais, com coerência e equilíbrio, a melhor relação custo/benefício.

Aqui, todos aguardam a oportunidade de trabalhar duro pelo evento, auferindo receita nos vários segmentos, tais como Construção Civil, Hotelaria, Transportes, Imprensa, Indústrias, Comercio, Turismo, Tecnologia, Serviços e na Educação.

Campo Grande terá uma evolução tal que, sem o advento da Copa, seriam necessários mais que 20 anos de crescimento normal para que os ganhos pós-copa pudessem ser atingidos.

É inimaginável que nossa cidade possa ser preterida, penalizada por erros que não cometeu, comprometendo injustamente a qualidade de vida de várias gerações.

Confiamos no bom senso daqueles que decidirão, depositando em suas mãos tudo o que nossos filhos e netos terão ou deixarão de ter, mesmo porque a escolha final deverá ser carregada de lógica e isenção política.

Estamos preparados e exultantes, com um entusiasmo responsável e honestamente contido, mas pulsante nas veias, pronto a ser deflagrado e dedicado aos visitantes que receberemos.

14 de janeiro de 2009

= COPA 2014 : ANTI-PROPAGANDA



ENCONTREI ISTO E RESOLVI PUBLICAR...

SEM PALAVRAS !






13 de janeiro de 2009

= LUCRANDO COM O TRANSTORNO ALHEIO

Viver em comunidade realmente não é fácil.

Quanto mais populosas e geograficamente extensas, mais suscetíveis aos aproveitadores estarão as cidades e seus habitantes.

Este risco deve ser gerenciado pela Administração Municipal e pela Câmara de Vereadores, cujos papéis, além de definir regras de convívio, incluem zelar pela ordem e qualidade de vida dos contribuintes, os quais, afinal de contas, exerceram seu voto com este interesse fundamental.

Mas, infelizmente, constatamos uma enormidade de fatos corriqueiros, antigos e que denotam a tranqüilidade e indiferença pelos transtornos que causam, mesmo à luz do dia.

Jamais conhecemos qualquer iniciativa contra alguns comportamentos inadequados, muito pelo contrário. Existem situações que parecem ter obtido apoio logístico da Administração Pública.

Então vejamos:

A distribuição do trânsito nas confluências da Via Morena com Av. Costa e Silva, construída de forma a favorecer o acesso a um hipermercado, mesmo havendo um sistema de retorno a menos de 200 metros.

É muito complicado o tráfego no local, por conta de uma conversão e um semáforo “estratégico” que poderia ser justificado pela saída do campus da Universidade Federal MS, a qual, efetivamente tem outros portões com vias mais adequadas e acesso ao viaduto.

No cruzamento da Rua do Gabinete com a Av. Manoel da Costa Lima, uma Empresa de Transportes utiliza a via pública como pátio de estacionamento, de manobras e até mesmo para carga e descarga.

Diariamente o transito é interrompido por horas a fio. A empresa não possui pátio interno e se dá o direito de, folgadamente apoderar-se do espaço público.

Quando não cabem mais veículos na Rua do Gabinete, estacionam os caminhões e carretas na Av. Manoel da Costa Lima, obstruindo a visão daqueles que queiram cruzar a via com segurança. Coincidentemente a imagem de satélite acima exposta flagrou um pouco do problema.


Outro supermercado existente na esquina da Rua 14 de Julho com a Av. Fernando Correa da Costa, manobra caminhões a qualquer hora ou dia, quando de suas operações de reabastecimento de mercadorias.

Não é rara a interrupção do trânsito, total ou parcial, numa das vias mais movimentadas do centro de Campo Grande.

Este mesmo supermercado possui uma hiper-estrutura na confluência da Rua Ceará com a Av. Mato Grosso, vende segurança e conforto para seus clientes por meio de um estacionamento amplo e hoje coberto, mas utiliza uma rua lateral como pátio de manobras e de operações outras, prejudicando os moradores e inclusive desvalorizando seus imóveis.

A imagem caracteriza a constatação.



Em sua loja localizada na Rua Rui Barbosa, bairro Monte Líbano, acontece o mesmo processo de ocupação do espaço de todos para uso particular.







Também existem reclamações antigas da população por conta do movimento de carretas nas cercanias de uma grande empresa
de materiais de construção, cuja fachada é para a Rua Treze de Maio, mas o transtorno ocorre na Rua Rui Barbosa.



Campo Grande está salpicada de problemas deste tipo, facilmente comprovadas.

Ora, já nos livramos dos trilhos, cuja empresa concessionária de transporte ferroviário estava no mesmo contexto, vez que em várias oportunidades presenciamos ambulâncias e veículos do Corpo de Bombeiros aguardando a passagem do comboio para prosseguir com salvamentos.

Bares e lanchonetes que ocupam o espaço das calçadas não estão isentas da mesma pecha.

Existe um “boteco“ na Rua XV de Novembro, quase no cruzamento com a Rua Treze de Maio, onde não têm sossego as mulheres e adolescentes, assim como qualquer veículo que estacione junto ao parquímetro acaba por “despejar” o passageiro em cima de mesas atulhadas de garrafas e ocupadas por elementos “curtidos”.

O que dizer da guias “rebaixadas”?

Lojas e escritórios oferecem estacionamentos exclusivos para seus clientes, até como diferencial, instaurando acesso em toda a extensão de sua unidade, justamente numa capital em que estacionamento público e espaço estão se tornando coisa rara.

Alegar que as drogarias são um serviço de emergência é subestimar a capacidade alheia, até porque farmacêutico não receita, não possui ambulatório nem centro cirúrgico. Então, qual a lógica dos estacionamentos exclusivos?

Postos de combustíveis não deveriam “abrir” todo o seu perímetro para acesso aos veículos, pois seria suficiente definir uma entrada e uma saída, distribuindo os clientes pelas bombas dentro do pátio. Isto aumentaria a capacidade de estacionamento de veículos e o trânsito seguro de pedestres.

Uma quantidade enorme de oficinas “guardam” veículos semi-desmontados em plena rua, à guisa de desocupar espaço dentro do estabelecimento.

Não é por acaso que o comportamento das pessoas tem apresentado uma tendência ao egoísmo, à cultura do “levar vantagem”. O exemplo vem de cima, regado fartamente pela verificação de que seu direito começa apenas quando acabar o dos mais espertos e mais municiados economicamente.

Dia destes foi publicada denúncia contra uma senhora que construiu um “quebra-molas” na divisa de “sua” calçada com a do vizinho, objetivando barrar o acumulo de folhas que lhe exigia varredura diária.

Outro caso conhecido, que está tal qual um monumento, ocorre defronte ao supermercado Extra, do outro lado da Rua Maracaju, exatamente numa região onde transitam pessoas deficientes visuais. A pessoa ainda teve o “cuidado” de pintar o obstáculo de amarelo e preto para chamar a atenção dos transeuntes ( mórbido)

E o caso de um proprietário de veículo branco, recém polido e estacionado na calçada, que colocou uma grande pedra na água empossada junto ao meio-fio, obrigando que outros veículos, desde que percebessem o obstáculo, fizessem um desvio com mais de dois metros e não jogassem água suja no seu precioso bem? O local é uma curva com intersecção em 45º à direita, exigindo atenção para o trânsito, situação em que, ou se percebiam a pedra ou os veículos vindos pela esquerda. Fácil de ocorrer uma tragédia, mas o bacana preferia ostentar e preservar sua jóia.

Volto a afirmar, como em artigos anteriores, que a administração deve ser para a maioria, para o cidadão comum, todavia com atitudes lógicas e que sirvam de exemplo de comportamento social, jamais colocando a população como inimiga passível apenas de punição.

Assim que as coisas começarem a acontecer e que o povo perceber mudança nas atenções e cuidados, será mais fácil educar com racionalidade, inclusive para outras questões, tais como o combate à dengue, coleta seletiva do lixo, preservação de praças, respeito à legislação do trânsito, poluição sonora, etc.

Então, Vereadores, sendo pela Câmara que tudo começa, vamos diminuir a quantidade de moções de congratulações, de concessão de títulos de cidadania e outras benesses de caráter individual e sair às ruas, lidar com o povo, conhecer realmente suas necessidades e dificuldades cotidianas.

11 de janeiro de 2009

= ACIDENTES DE TRÂNSITO : FATORES E FILOSOFIA DE COMBATE

Tirar proveito da experiência vivida por Campo Grande MS, enquanto recordista nacional de acidentes de trânsito, deveria ser a tônica das autoridades constituídas, no sentido de concentrar o foco nas ações corretivas e educativas, otimizando recursos públicos e fundamentalmente, obtendo a parceria, o engajamento da população.

Acompanhando o histórico dos acidentes diários, conhecendo as informações divulgadas pelo SAMU e pesquisando dados estatísticos junto aos registros disponíveis, é possível constatar que a imensa maioria dos eventos está intimamente ligada aos seguintes fatores, obedecida a ordem de freqüência/importância:

1-Atitude temerária dos condutores, não relacionadas com velocidade.
2-Inadequação do sistema viário da cidade
3-Alcoolismo e drogas
4-Excesso de velocidade, isoladamente.
5-Precariedade dos itens de segurança e condições de uso dos veículos

A combinação de fatores, principalmente os dois primeiros, tem causado as maiores e mais freqüentes tragédias do cotidiano campograndense, sendo este conjunto o mais carente de atenção do poder público, já que a questão do alcoolismo, das drogas e do excesso de velocidade, está ao alcance da autoridade policial com a ostensividade pertinente.

É muito comum constarmos, diariamente e em todos os quadrantes da Capital, veículos desrespeitando semáforos, transitando em contramão, realizando conversões indevidas, ignorando as regras das preferenciais, fazendo manobras bruscas e imprevistas, disputando rotatórias, dividindo faixas de rolamento, transitando em velocidade excessivamente baixa, parando em fila dupla, estacionando em esquinas de forma a obstruir a visão dos outros condutores, manobrando sem sinalizar e vários outros comportamentos de risco, desprezando a existência dos demais veículos e pessoas.

Por outro lado, verifica-se facilmente a existência de inúmeras “chocadeiras” de acidentes, como a falta de sinalização horizontal, rotatórias mal dimensionadas, espaços de conversão inadequados, semáforos deficientes, obstáculos e defeitos na pavimentação, estreitamentos de pistas, imposição do “terror” através dos radares ( constate-se as freadas bruscas nas imediações dos equipamentos), liberalidade excessiva na competição de ônibus e caminhões com os demais veículos, principalmente pela falta de espaço e desorganização, injustificados cruzamentos e determinação de preferenciais, etc.

Citemos algumas:

-Conversões e cruzamentos na Av. Manoel da Costa Lima
-Rotatória do Hospital Universitário
-Buracos e valeta no cruzamento da Rua Rui Barbosa e Prof. Severino R. de Queiroz
-Rotatórias da Av. Duque de Caxias
-Rotatórias da Av. Julio de Castilhos
-Conversões da Rua Ceará
-Conversão “particular” do Atacadão Universidade Federal
-Conexão da Av. Fernando Correa da Costa com Via Morena, centro bairro, com apenas uma faixa de rolamento para conversão.
-Cruzamento Av. Mascarenhas de Morais com rua Uruguaiana, Comper Ipê
-O Corredor da Morte da Rua Rei Fernando/Rua da Divisão
-Semáforo de três tempos da Via Morena com Américo Carlos da Costa
-Intersecção da Via Park com Av. Afonso Pena
-Precariedade da Rua Spipe Calarge
-Limites de velocidade incoerentes em diversas ruas
-Falta de sinalização horizontal ( no asfalto) para velocidade, conversões, preferenciais, etc.
-Convivência de ônibus e veículos de menor porte nas Av. Zahran, Afonso Pena, Rua 14 de Julho, Rua Rui Barbosa, Av. Costa e Silva, Av. Calógeras, Rua Antonio Maria Coelho, Avenida Mato Grosso, etc.
-Ângulos de intersecção que impossibilitam a visibilidade do tráfego.

Poderiam ser listadas várias centenas de itens parecidos, ou de maior potencial.

Ao dimensionar a distribuição viária, a prioridade deve ser o usuário e não apenas a construção dos acessos com a transferência do problema do desconforto, da falta de operacionalidade, da razão, da decisão e do risco para o público.

Há que se trabalhar de forma preventiva.

Atuar de forma simplesmente punitiva e objetivando o controle da velocidade e do estacionamento regulamentado como prioridade, apenas teve, até o momento, a capacidade de gerar indignação generalizada, colocando os agentes (a administração e o povo ) como inimigos entre si.

É fundamental que a população seja parceira das idéias e projetos da administração pública, mas isto somente será possível quando houver clara constatação de que o órgão agente de trânsito estiver fazendo a sua parte, priorizando o bem-estar social, trabalhando para o povo com medidas lógicas e produtivas, inteligentes, éticas e de boa fé, ao ponto de conquistar a adesão em massa, o aplauso.

Se o problema é uma questão essencialmente comportamental, cultural, não é a “ferro e fogo” que as coisas serão resolvidas.

Nem animais aceitam este tipo de atitude.

Sugiro que os gestores estudem o sistema de “Doma Racional” aplicado mundo afora na doutrinação de cavalos, onde pancadas e berros cederam lugar a confiança, carinho, respeito e mutualismo.

Confiamos em que o novo gestor, Dr. Rudel Trindade, tenha um comportamento oposto ao do titular anterior, caso contrário continuaremos a produzir morte, invalidez, tristeza, prejuízos e descrédito...

...e continuará na sua luta desesperada, o SAMU, coordenado pelo Dr. Cury.

9 de janeiro de 2009

= INSTITUCIONALIZAÇÃO DO ILÍCITO

É impressionante a capacidade que o Estado brasileiro tem para institucionalizar todo o ilícito para o qual não consiga solução.

Já vimos a questão da vans e pescadores, mas chamo a atenção para os mototaxistas e agora, os sacoleiros.

Qual a capacidade que os "profissionais" do transporte de passageiros em motocicletas têm, de atender a responsabilidade civil pelos danos causados aos clientes que estejam sob seus cuidados?

Nenhuma.

Ademais, a segurança deste tipo de transporte já é diminuída tanto pelo comportamento questionável dos permissionários, quanto pelo infecto uso compartilhado de capacetes.

A própria situação do trânsito já se traduz em risco para motociclistas, visto que a engenharia deste veiculo não oferece qualquer chance às pessoas.

Fatos que conferem veracidade a tal afirmação, existem aos montes.

A Prefeitura de Campo Grande MS, com o aval da Câmara de Vereadores, instituiu como condição imperativa para a expedição de alvarás, a comprovação de um seguro de acidentes pessoais, dada a dificuldade de se contratar uma apólice de responsabilidade civil.

Pois bem, já houve um alerta formal à AGETRAN, informando que é de competência exclusiva da União, legislar sobre Seguros Obrigatórios.

Também foi orientado que este tipo de seguro não supre a responsabilidade do transportador com relação ao transportado.

A bem da verdade, entendo que motocicleta é um veículo de uso INDIVIDUAL, tanto que vários países do mundo não permitem o "garupa".

A respeito dos sacoleiros, que sempre foram "formigas contrabandistas", e via de regra vendendo produtos sem a menor qualidade, também podemos citar alguns detalhes escabrosos.

Todo mundo sabe sobre a comercialização de réplicas mal-feitas de marcas famosas, e caríssimas, de tênis ( Mike ), conhecidas calculadoras (SHRAP), etc.

Este negócio é tão lucrativo, que já se tem notícias de "fornecedores exclusivos" para quem tem banca no camelódromo. Os que se aventuram sozinhos, não conseguem os mesmos preços e as mesmas mercadorias dos "distribuidores".

Quantas vezes a Polícia Federal invadiu o recinto do "shopping popular" e apreendeu montanhas de CDs e DVDs piratas?

E quanto aos anzóis, roupas, bonés, ferramentas, games, placas de memória para computador, etc.?

O que dizer dos óculos de grau, que são um verdadeiro e grave problema de saúde pública?

Sabe-se lá o que mais é possível encontrar no fundo das bancas !

Recentemente, pescadores profissionais bloquearam uma rodovia, como protesto por não haver recebido o seguro "desemprego" pago pelo governo no período da piracema.

Muito possivelmente, a natureza será relegada a segundo plano, e acabaremos por presenciar a suspensão do período de defeso apenas para os profissionais, legalizando o pescado e o crime ambiental pela dificuldade de combatê-lo.

Porque, então, não isentar de tarifas de ônibus, de táxi, de água, de energia elétrica, de telefonia, todo o cidadão que se vir desempregado, ou cujo mercado de trabalho enfrentar sazonalidades?

Já se concedem isenções para os taxistas renovarem sua frota, mesmo sabendo que existem grandes "empresários" no setor.

Então vamos também estender este benefício aos representantes comerciais e caixeiros-viajantes, entregadores, motoboys e fretistas individuais, pois seus veículos são ferramentas de trabalho, sem dúvidas.

Não há necessidade de detalhar a história das vans e "lotações" que campeiam pelo brasil afora, pois estão na mesma esteira.

Tomei conhecimento de movimentação em alguns países africanos onde são recusadas ajudas internacionais e governamentais, com o objetivo de mudar o comportamento do povo, fazer com que tenha iniciativa, criatividade, atitude, mesmo que à base do desespero.

Vou fazer um paralelo, pelo qual talvez receba críticas, mas é a forma como vejo as coisas:

Grandes artistas brasileiros, jogadores de futebol, lutadores de boxe, cantores, escritores, comediantes, e personagens de diversas outras áreas, são nordestinos.

Mas isto não acontece por mero acaso.

Há gerações que o sofrimento humano na aquela região do Brasil incutiu no povo o mais puro instinto de sobrevivência, o que lhe aguçou a criatividade e a necessidade de tomar uma atitude, mesmo que seja na forma de um "retirante", simbolo da constante busca por uma solução.

Esta condição gerou uma interessante característica cultural: quando não se tem ou não se pode comprar, se faz, seja como for.

Então, ceder aos erros aceitando e tendo-os como coisa correta, é dar aval para qualquer atitude incorreta desde justificada por conveniente e nem sempre verdadeira situação famélica.

Não é por aí !

Estamos apodrecendo o povo brasileiro, definhando seu espírito produtivo, criando uma geração de MACUNAÍMAS !

= COPA 2014 : NOVO ROUND

Em continuidade à postagem de 29/12/2008, registrei a confirmação de minhas suspeitas sobre o acirramento da concorrência entre Campo Grande MS e Cuiabá MT.

Foi anunciado que tanto a prefeitura da nossa capital quanto o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, oferecem isenção fiscal para todos os serviços e produtos decorrentes da preparação e execução da Copa do Mundo.

Também houve a divulgação de maiores investimentos financeiros por parte dessas administrações, que se aproximam ou talvez superam o bilhão alardeado por Mato Grosso.

Paralelamente, as manifestações de leitores refletem com especial exatidão a influência nos comportamentos, conforme havíamos previsto, muito embora a amostragem tenha sido pequena.

Evidentemente que, com o encurtamento do prazo para a decisão final, os ânimos estarão gradativamente mais exaltados, gerando manifestações cada vez mais apaixonadas por parte deste ou daquele cidadão.

As otimistas aparições do Governador André Puccinelli e do Prefeito Nelson Trad são impressionantes, mas parecem não contagiar o povo.

No que diz respeito a participação popular, o exemplo que citei no artigo anterior teve confirmação, vez que o Pantanal ficou em 120º lugar e seria alijado da eleição como Maravilha Natural, caso não houvesse mudança na regra de classificação.

Posso prever que o Governador Blairo Maggi, em alguma etapa de seus projetos, oferecerá isenção tributaria, copiando-nos, além de outras criativas benesses.

Qual será a cartada capaz de seduzir os organizadores do evento?

Claro que haverão limites, mas espero que não haja influência política na decisão.

As autoridades de Mato Grosso do Sul, precisam fazer algo mais em função de nossa candidatura, porém, qualquer iniciativa deverá primar pela visibilidade e participação coletiva.

Há que se tomar uma atitude, e não apenas reagir às pirotecnias do concorrente.

Não caberá nenhum blefe, tal qual o Bilhão do Blairo Maggi, que inclui na verdade as verbas do PAC.

Tenham como certo que, se porventura Campo Grande for preterida, haverá a obrigação de explicar ao povo e aos empresários sobre os motivos.

Soube que o Japão priorizou cidades cujos estádios pertencessem a universidades, estendendo o legado pós-copa a várias gerações de estudantes. Atitude inteligente.

Neste aspecto, também há vantagem de Campo Grande MS, que deixará uma herança para todo o povo, especialmente para a Universidade Federal e seus acadêmicos.

Hoje me deparei com o Mauricio Kubrusli, reporter do Fantástico, entrevistando algumas pessoas tanto na Via Morena quanto em outros locais. Fiquei animado com a possibilidade de que sejam mostrados detalhes da disputa pela Copa do Mundo, pois será possível evidenciar as diferenças estruturais e os argumentos de Campo Grande e de Cuiabá.

A meu ver, a população pode se preparar para um comportamento diferenciado, de recepcionista e prestadora de serviços turísticos, pois, sob critérios técnicos e logísticos, nossa capital será uma das sub-sedes da Copa.

Então, mãos à obra!