As tendências que estamos verificando nesta questão da escolha das subsedes da Copa, sinalizam para um horizonte desagradável, patrocinado pela famigerada e promiscua conjugação de interesses sobre o evento.
A oportunidade de reconstruirmos não só uma imagem decente para o nosso povo, mas também um efetivo comportamento social, ambiental, administrativo, político e ético, está escapando pelos vãos de nossos dedos.
Todavia, o que mais preocupa, é o nosso futuro enquanto Nação respeitável num ambiente globalizado.
Faço aqui uma menção:
"Costuma-se dizer que a melhor escola da vida é a história, e que um povo começa a ser povo, a partir do momento em que se lembra da própria história". Pe. Josef Winkler
Que lembrança haveremos de invocar e utilizar como aprendizado, especificamente sobre a mensagem escrita pela realização da Copa do Mundo de 2014?
A estrutura física não tem importância histórica, pois que ela não influencia de maneira coletiva, o sentimento, a educação, a evolução do caráter.
Então, poderemos ter como exemplo a construção de um evento monumental, regido por interesses espúrios, apenas materiais em detrimento de várias questões de fundamental relevância para a humanidade.
Receberemos como herança, a mensagem de que vale a pena obter sucesso tirando vantagem de outras pessoas, que tudo se pode para obter lucros, que a coletividade é apenas uma palavra no papel do dicionário.
Reafirmo que continuamos confiantes em que a realidade seja outra, que as tendências até então expostas são fruto de inverdades, que a decência e a responsabilidade prevalecerão e que Campo Grande-MS, por merecimento, por coerência e lógica, será escolhida como subsede para a Copa de 2014.
Daí, poderemos festejar, não só a decisão da FIFA, mas a plena possibilidade de escrevermos uma história mais condizente com a realidade de nosso povo brasileiro, mesmo porque ele merece, já de muito tempo, o respeito do mundo.
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