É evidente que as instituições bancárias têm preferência por correntistas que necessitam de crédito e serviços, em contrapartida com liquidez e solidez patrimonial.
É isto que gera lucro.
Por outro lado, abominam os chamados usuários de caixas, pessoas de todas as classes sociais que, sem alternativas, precisam pagar suas contas e faturas originadas em empresas clientes/conveniadas de determinado banco, cujo pacote não permite a integração com todo o sistema.
Vamos a um caso específico:
Banco Bradesco.
A marca mais valiosa do Brasil, estimada em aproximadamente R$ 15 Bilhões, segundo levantamento feito pelo jornal Financial Times em parceria com a consultoria Millward Brown Optimor e a pesquisadora Datamonitor.
O vencedor do Prêmio Excelência em Serviços ao Cliente, da revista Consumidor Moderno.
PORÉM, PORÉM, PORÉM, no dia a dia, tais títulos não têm nenhum significado para o povo.
Se você for à agencia Bradesco da Afonso Pena, aquela próxima ao Banco do Brasil, será abordado no saguão e terá que confessar a sua intenção.
Sendo seu objetivo o simples pagamento de um boleto, daqueles que só podem ser autenticados no Bradesco, terá impedida a sua entrada ao recinto.
Será encaminhado a uma banca de revistas localizada na calçada em frente à agência.
Ali, enfrentará uma fila de boa extensão, sob toda e qualquer intempérie, sem nenhuma segurança, numa confusão plena com pedestres e vendedores ambulantes, e não raramente, com punguistas e outros malandros.
Nada contra a banca de revistas, que está prestando um serviço e recebendo alguns trocados por isto.
O que não se pode aceitar, é que a instituição financeira trate as pessoas como indigentes, como inferiores, uma casta menor que poderia “manchar” a imagem do banco.
Banco é uma concessão do poder público, portanto deve respeito à população.
Certo que o jornaleiro não é o único local conveniado com o Banco Bradesco, mas vários outros funcionam de forma semelhante, com o atendimento feito por pessoas sem “traquejo” adequado.
Outro dia alguém chamou a polícia para resolver um imbróglio criado pelo péssimo atendimento em um destes “postos avançados/alternativos” localizado na Galeria Itamaraty.
Hoje este estabelecimento está fechado, graças a Deus, porque era uma verdadeira pocilga.
Tirar as filas do interior das agências com uma atitude destas, é no mínimo uma afronta à inteligência das pessoas.
O Ministério Público deve tomar medidas contra tal discriminação.
Nosso País tem sido pródigo em permitir enormes lucros a instituições financeiras em detrimento ao povo.
Basta desta vergonha, que na verdade não é de paternidade exclusiva do Bradesco.
NÃO SOMOS INDIGENTES, SUSTENTAMOS SEUS CLIENTES E A SUA FOLHA DE PAGAMENTO.