Aqui vieram, aqueles que não são fantoches enviados pela FIFA, causaram grande agitação, venderam possibilidades e esperanças.
Só em Campo Grande-MS foram 200.000 às ruas, Cuiabá-MT, algo em torno de 35.000 cidadãos.
Induziram as mais variadas praticas “macunaímicas” que se teve notícia.
Foram tratados como Deuses, receberam honrarias e títulos.
A poeira levantada subiu à estratosfera, foi vista pelo mundo todo.
Todavia, o resultado a ser anunciado, aquele fato decisivo para milhões de cidadãos brasileiros, tanto os munidos de boa fé quanto os ávidos por oportunidades exclusivamente mercantilistas e ou políticos, foi inesperadamente adiado.
Mas qual seria o motivo?
Muitos candidatos a Nostradamus fizeram suas previsões e adivinhações, uns sugerindo embasamento nas famosas “fontes seguras” e outros alegando sua capacidade de interpretação dos fatos.
Aos poucos foram surgindo as origens dos “vazamentos” de informações, estas, até então sigilosas e pertinentes aos recônditos da FIFA.
Foram citados Ministérios e seus titulares, a própria CBF e outros mananciais.
Ocorre que fora dos projetos entregues à FIFA pelas cidades candidatas, pipocaram fatos, argumentos, denuncias, informações, apelos, sugestões e vários outros tipos de moções que desqualificariam as tendências da decisão para o dia 20/03/2009.
Foram tantos detalhes colocados ao conhecimento geral, tanto no Brasil quanto no exterior, que a escolha por esta ou aquela subsede poderia causar uma indignação de proporções e reflexos indesejáveis.
Mas como lidar com isto??
A palavra chave é DESMOBILIZAÇÃO !
Todos nós acompanhamos a desolação resultante do adiamento. Houve um silêncio sepulcral, uma momentânea paralisia que foi parcialmente amenizada apenas pelas explicações editadas por algumas figuras do meio jornalístico esportivo, mesmo assim, envolvendo uma pequena parcela da população que se dispôs a trocar farpas nos comentários das respectivas matérias.
Nenhum fato novo ou noticia bombástica, circula nos meios dedicados a fomentar candidaturas.
Aqui e ali, surgem artigos destinados a reacender a chama que se apagou no âmbito da população, mas são tênues tentativas sem nenhum feedback.
Estupefatos, os “gerentes” de algumas candidaturas ficaram inoperantes, procurando desesperadamente alguma alternativa para causar influência favorável.
Então, à boca miúda, voltaram seus factóides para um conteúdo político-partidário-eleitoral, mas prontamente rechaçados pela CBF e pela FIFA
Nada tem surtido efeito, a coisa está esfriando rapidamente, haja vista que se passaram apenas 4 dias do adiamento.
Esta é a estratégia, pois que ainda restam 66 dias para que a hipotermia se instale de forma fulminante.
Congelem-se os vociferantes, pois o povo sem incentivo, sem um líder, irá calmamente para sua casa, combalido e sem o fervor até então demonstrado.
Esperemos a poeira baixar, pois o impacto daquilo que for decidido será muito menor.
Cria-se um fato, não se explica e por isso mesmo não é oferecido mais qualquer estado de ânimo ou argumento para campanhas.
É a lei da gravidade, a poeira irá baixar até o chão e será esquecida, ou varrida para baixo do tapete da história.
E o ambiente estará propício para atos quaisquer.
Entretanto, muito ainda poder ser feito, não nos enganemos, sem políticalha, sem conchavos.
A grande questão é quem vai conseguir incutir na população o refrão daquela música que diz “levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”???
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